Como se tudo ainda não bastasse, tinha seu irmão para fazer sarro. O guri ficava o tempo todo ao pé de seu ouvido, repetindo uma ladainha irritante: "Medrosa! Medrosa! Clarice é uma medrosa!" O que ela mais queria nessas horas era ter alguma coisa para quebrar na cabeça do irmão. Qualquer coisa lhe serviria como arma: um travesseiro, um ursinho de pelúcia ou um chinelo velho que encontrasse pelo caminho. Mas o irmão parecia ter uma espécie de trato com o Coisa Ruim, pois ela nunca encontrava nada que pudesse lhe servir de arma.
Mesmo depois de moça já feita, Clarice nunca superou seu medo. Ainda hoje dorme de porta aberta e não permite que ninguém apague seu abajur de cabeceira.
Ai, adorei o texto!Não tenho medo de escuro não! Mas este irmão aí me lembrou demais o meu!!!!!! Teu espaço é tão aconchegante, Marlon, deixa eu te ler mais! Beijos, Aninha
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