Mal ela entrou na sala e todo mundo avançou em cima dela, puxando-lhe a manga da camisa, os cabelos; apertando-lhe as bochechas. Queriam saber o que trazia naquela caixa. Começaram a fazer suposições.
- Eu acho que é uma barra de chocolate, sugeriu um.
- Claro que não, seu burro, disse outro, fazendo mofa. Olha só o tamainho dessa caixinha. Onde já se viu uma barra de chocolate caber aí dentro?
- Diz o que é, então, já que você é tão sabido.
- Eu acho que é uma trufa de chocolate.
Todos ficaram com água na boca, diante da possibilidade de haver uma coisa tão gostosa dentro daquela caixinha. Mas ainda podiam caber mais coisas lá.
- Talvez seja um caramelo.
- Ou uma bala de açúcar.
- Ou ainda um punhado de jujubas!
Diante dessa última possibilidade, todo mundo vibrou: êêêêê!!!
A professora pediu ordem. Resignadas, as crianças obedeceram e, uma a uma, foram sentando nas carteiras. Ficaram de cabeça baixa, certas de que ela nunca revelaria o segredo da caixinha de surpresas.
Então ela sorriu e tirou de lá de dentro uma florzinha amarela, tão pequena quanto a cabeça de um alfinete, e a colocou num vaso sobre sua mesa de professora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário